quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Cachorrinho


Um menino entra na lojinha de animais e pergunta o preço dos filhotes à venda.

- Entre 30 e 50 dólares, respondeu o dono.


O menino puxou uns trocados do bolso e disse:


- Mas, eu só tenho 3 dólares...


- Poderia ver os filhotes?


O dono da loja sorriu e chamou Lady, a mãe dos cachorrinhos, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pêlo.


Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando de forma visível.


O menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:


- O que é que há com ele?


O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril - mancaria e andaria devagar para sempre.


O menino se animou e disse com enorme alegria no olhar:


- Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!


O dono da loja respondeu:


- Não, você não vai querer comprar esse.


Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de presente.


O menino emudeceu e, com os olhos marejados de lágrimas, olhou firme para o dono da loja e falou:


- Eu não quero que você o dê para mim.


Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo.


Na verdade, eu lhe dou 3 dólares agora e 50 centavos por mês, até completar o preço total.


Surpreso, o dono da loja contestou:


- Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho.


Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos.


O menino ficou muito sério, acocorou-se e levantou lentamente a perna esquerda da calça,


deixando à mostra a prótese que usava para andar...


Olhou bem para o dono da loja e respondeu:


- Veja... não tenho uma perna...


Eu não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.


Às vezes desprezamos as pessoas com que convivemos todos os dias, por causa dos seus "defeitos", quando na verdade somos tão iguais ou pior do que elas.


Desconsideramos que essas mesmas pessoas precisam apenas de alguém que as compreendam e as amem, não pelo que elas poderiam fazer, mas pelo que realmente são.


Amar a todos é difícil, mas não impossível.



"Nunca saberei o suficiente de algo, para que em algum momento de minha vida deixe de ser um aprendiz"


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O príncipe corajoso, o monstro invulnerável e a arma da verdade.

Havia, certa vez, um príncipe, hábil no manejo de cinco armas. Um dia, ao retornar de seu treinamento, encontrou um monstro de pele invulnerável.

O monstro partiu para cima do príncipe que permaneceu em guarda e sem se atemorizar. Este atirou, no monstro, uma flecha. Depois, atirou-lhe uma lança que não penetrou na grossa pele do monstro. Em seguida, atirou-lhe uma barra e um dardo que nem chegaram a ferir o monstro. Brandiu-lhe a espada, mas ela se quebrou.

O príncipe, então, atacou o monstro com punhos e pés, mas em vão, pois o monstro o agarrou com seus enormes braços e o manteve afastado. O persistente e corajoso príncipe tentou usar a cabeça como arma, mas foi em vão.

O monstro disse : "É-lhe inútil resistir; eu vou devorá-lo."

O príncipe respondeu : "Não pense você que usei todas as minhas armas, e que esteja sem recursos; ainda tenho uma arma escondida. Se me devorar, eu o destruirei de dentro de seu estômago."

A coragem do príncipe abalou o monstro que lhe perguntou : "Como você fará isso ? "

O príncipe respondeu : "Com o poder da Verdade."

Então, o monstro soltou o príncipe, pedindo a ele que lhe ensinasse a Verdade.

A moral desta fábula é para encorajar os discípulos a perseverarem em seus esforços e para não se amedrontarem diante dos muitos reveses.