Oito séculos antes de Cristo, na época dos gregos, uma profecia prometeu o trono vago da Prígia (na atual Turquia) à primeira pessoa que entrasse em sua capital dirigindo um carro de boi. Um camponês chamado Górdio cumpriu a profecia e foi coroado. Em comemoração, colocou a carroça dentro do templo de Zeus e a amarrou a um poste com um nó extremamente complicado, impossível de desatar.
Outra profecia difundiu a idéia de que quem conseguisse desatar tal nó se tornaria soberano de toda a Ásia. Cerca de 500 anos se passaram sem que ninguém conseguisse realizar a façanha, até que o jovem Alexandre Magno passou por lá, no ano de 333 antes de Cristo.
Ambicioso, tentou de todo jeito desatar o nó, sem sucesso. Por fim, desembainhou a espada e cortou o nó ao meio, para espanto dos habitantes da cidade.
Poucos anos depois, ele tinha enfiado boa parte da Ásia no bolso.
Daí o significado da expressão “cortar o nó górdio”, que quer dizer resolver uma situação intrincada de maneira rápida e decisiva.