domingo, 30 de dezembro de 2007

Cuide das Palavras


Cuide das palavras que você profere, porque:
Uma palavra impensada pode provocar a discórdia.
Uma palavra cruel pode destruir uma vida.
Uma palavra amarga pode provocar ódio.
Uma palavra brusca pode romper um relacionamento.
Uma palavra agradável pode suavizar o caminho.
Uma palavra a tempo pode poupar um esforço.
Uma palavra alegre pode iluminar o dia.
Uma palavra com amor e carinho pode mudar uma atitude...
Com uma palavra podemos perder
Ou ganhar um amigo!

domingo, 16 de dezembro de 2007

Só porque você dança bem



Só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para o baile

Você é competente naquilo que faz, mas por alguma razão outras
pessoas são escolhidas em seu lugar?

Você conhece seu produto melhor do que qualquer outro, mas vendedores
aparentemente inexperientes vendem muito mais?

Sua empresa ou departamento está implantando novas estratégias e
táticas administrativas, mas uma concorrente, aparentemente menos
organizada e frágil, está tomando o mercado e sendo muito mais
bem sucedida?

Talvez o seu problema seja o de estar confundindo ficção com
realidade. Na ficção que nos contaram, o importante eram as coisas,
estratégias, sistemas, produtos, planilhas, crenças.

Na realidade, o importante são as pessoas. Não existe nada sem
pessoas.

Não existem vendas - portanto, não existe economia de mercado -
não existem casamentos, não existem famílias e, para ser franco,
não existe sequer civilização.

Tudo o que você faz, começa e termina em pessoas.

Se você tivesse que passar o resto da sua vida com todas as riquezas
do universo... sozinho em uma ilha deserta, de que valeria qualquer
sucesso?

Você - e eu - precisamos compartilhar o tempo, a vida e as
experiências com outras pessoas. Empresas que se esquecem deste
fator, se concentrando somente no balanço do trimestre, acabam
soterradas por guerrilheiros dos negócios ou sabotadas por inúmeros
funcionários descontentes que, na melhor das hipóteses, entram em
"operação padrão".

Você pode ser genial, mas as pessoas gostam de trabalhar com
você? (Eu não perguntei se elas gostam de passear com você.

Isso é fácil. Perguntei se elas gostam de trabalhar com você). Seus
chefes, subordinados e colegas confiam em você como profissional
e gostam de trabalhar com você?

Se apenas uma dessas perguntas tiver como resposta "não", você
ficará abaixo de onde pode chegar.

Se não gostam de estar com você, se notam que você as vê somente
como um instrumento para gerar vendas, por exemplo), o primeiro
vendedor "amigo"que aparecer vai tomar o seu cliente. Para sempre.

Seus funcionários vêem você como um líder ou como um analista, que
corta pessoal sem se preocupar com o "moral" das tropas. Alguém em
quem não podem confiar?

Agora, deixe-me esclarecer um ponto. Isso não significa que você
deva ser "amigo" de todos, ou um bajulador.

Seja você mesmo. Sempre. Dá menos trabalho! Faça o que tem que
ser feito. Mas, se você não é parte da solução na empresa, na
família, no romance, no clube ou na sociedade, então você é parte
do problema. E se este é seu caso, cuidado: problemas não são
convidados para subir na empresa.

Problemas não são bem vindos no casamento. Problemas não são
eleitos. Problemas são evitados, mesmo que inconscientemente.

Seja a solução, concentrando-se nas pessoas.

O que elas realmente buscam? Do que precisam? O que querem?

Você deve buscar a competência técnica, claro. Mas não precisa
ser perfeito como um robô, porque somente pessoas avançam. Robôs
a gente constrói, ou desliga. E o único modo de pessoas avançarem
com lastro duradouro é quando são apoiadas por outras pessoas.

Você é apoiado por outras pessoas? Em outras palavras, depois da
sua competência técnica, os seus relacionamentos são a fonte mais
importante para o seu futuro, em todos os níveis.

Seja na carreira, na família ou na sociedade.

Por isso, lembre-se do que disse Michael Leboeuf:

Só porque você dança bem, não significa que vai ser convidado para
o baile.

E o baile da vida é bem curto. Curto demais. Não espere a última
música para entender isso.

Tudo começa e termina, nas pessoas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Falhas


"Uma das coisas que fascina na cidade de San Francisco é ela estar localizada
sobre a falha de San Andreas, que é um desnível no terreno da região que
provoca pequenos abalos sísmicos de vez em quando, e grandes terremotos de
tempos em tempos. Você está deslumbrado, caminhando pela cidade, apreciando
a arquitetura vitoriana, a baía, a famosa Golden Gate e, de uma hora para
outra, pode perder o chão. Ver tudo sair do lugar, ficar tontinho, tontinho. É
pouco provável que vá acontecer justo quando você estiver lá, mas existe a
possibilidade. Isso amedronta, mas ao mesmo tempo excita, vai dizer que não?

Assim são também as pessoas interessantes: têm falhas. Pessoas perfeitas
são como Viena, uma cidade quase perfeita. Linda, sem fraturas geológicas,
onde tudo funciona e você quase morre de tédio. Pessoas, como cidades,
não precisam ser execessivamente bonitas. É fundamental que tenham sinais
de expressão no rosto, um nariz com personalidade, um vinco na testa que as
caracterize. Pessoas, como cidades, precisam ser limpas, mas não a ponto de
não possuírem máculas. É importante suar na hora do cansaço. Também o é ter um
cheiro próprio, uma camiseta velha para dormir, um jeans quase transparente
de tanto que foi usado, um batom que escapou dos lábios depois de um beijo,
um rímel que borrou um pouquinho quando você chorou. Pessoas, como cidades,
têm que funcionar, mas não podem ser previsíveis. De vez em quando, sem
abusar muito da licença, devem ser insensatas, ligeiramente passionais.
Devem demonstrar um certo desatino, ir contra alguns prognósticos, cometer
erros de julgamento e pedir perdão depois. Aliás, pedir perdão sempre, para
poder ter crédito e errar outra vez. Pessoas, como cidades, devem dar vontade
de visitar, devem satisfazer nossa necessidade de viver momentos sublimes,
devem ser calorosas, ser generosas e abrir suas portas. Devem nos fazer
querer voltar, porém não devem nos deixar 100% seguros, nunca. Uma pequena
dose de apreensão e cuidado devem provocar. Nunca devem deixar os outros
esquecerem que pessoas, assim como cidades, têm rachaduras internas. Portanto,
podem surpreender.

Falhas.

Agradeça as suas, que é o que humaniza você. E fascina os outros."

Júlio Clebsch